quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Nada será possível e esbarrarei contra o verbo.

sábado, 18 de agosto de 2012

Das duas

Todo mundo é importante.
E quero, queria, por favor
Ser como uma onda, uma ondinha
Surrealista.
-- ¿Y (por supuesto) que) estás lista? -- me lo preguntarían.
Dale, qué nada
Aún así me propagaría.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Perdendo.

domingo, 25 de março de 2012

Livra?
Livro.

Do que não me alembro
Mas que ainda alumbra

quarta-feira, 14 de março de 2012

Ando,
nasço ontem.
vivo amanhã.

Agora, a

ausência

a

aturar viva a

complacência

como forma

a resignação

sábado, 10 de março de 2012

Invenção

Dia desses surgi com a mínima: "a literatura é um suicídio às avessas".

Em outras (melhores) páginas (de fato), ler-se-ia "odradek". Mas esta não é uma metáfora que mereça uma nova palavra no dicionário.

Desde então, venho me remoendo entre as noções avessas ao suicídio e os avessos suicidas. Afinal, se suicídio é tirar-se a vida, o oposto disso é dar-se vida, certo?

Porém, entender as ideias que nos ocorrem entre uma página e outra exige mais do que a lógica dos antônimos. Simplesmente porque se pensa nisso quase num modus operandi, um contínuo palavrapalavra.

É aquela ideia que não arreda o pé da gente, mas também não quer ser compreendida. Veja só, uma frase boba, ordem direta, sujeito simples, verbo, objeto direto, adjetivo, x=y -- e, ainda assim, enigma.

Nessas horas, a linguagem nos dá um susto.

Pensemos, pois. O máximo foi uma hipótese: talvez a gente morra em uma coisa e nasça noutra, não é nem uma transcendência. Só outra coisa, diferente. Vá lá, aos simplistas: não quero dizer "puxa, como cada livro muda a gente, né?". Mas para que a literatura exista, para que sejamos autores, leitores ou decoradores de estantes, nosso próprio sujeito deve devir. Ninguém entra no jogo e sai incólume. Apenas porque, nesse jogo, o mundo é outro.