quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

"Seja você quem for, seja o que Deus quiser"(Chico Buarque)



Que o tempo trata de destruir as certezas, ouço desde tempos imemoriais. Só não precisava soprar para longe o que sobrou de mim no meio de tanta balbúrdia, de tanta palavra distorcida e informação descabida - um inebriante mundo para quem, muito provavelmente, eu nada signifique além de um amontoado de átomos que servirão para compor outro ser vivo deste planeta.
E por quanto tempo eu hei de permanecer girando como um cavalo imóvel neste carrossel cada vez mais veloz? Sim: porque me vejo sempre a mesma cara e com igual função, existindo apenas para perder paulatinamente a tinta com a qual me pintaram sem nem ao menos eu ter escolhido se era verde ou azul. Embelezaram-me, usaram-me e no fim, se paro durante alguns momentos, logo vejo o quão incompreensível (e estranhamente lógico) é estar aqui.
Chamem de pessimismo, eu digo: realidade.







"O espelho e os sonhos são coisas semelhantes, é como a imagem do homem diante de si próprio" José Saramago em O Evangelho Segundo Jesus Cristo.

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